Stablecoin:como funcionam e por que você deve conhecer

No mundo volátil das criptomoedas, as stablecoins surgem como uma alternativa interessante: são tokens digitais que buscam manter um valor estável mediante lastro em ativos ou mecanismos algorítmicos. Neste artigo, você vai aprender o que são, como funcionam, quais os tipos, vantagens, riscos e como está o cenário regulatório no Brasil e globalmente.

O que é uma stablecoin?

Definição básica

Uma stablecoin (ou “moeda estável”) é uma criptomoeda que tem seu valor atrelado (ou “pareado”) a um ativo de referência mais estável, como uma moeda fiduciária (ex: dólar), ouro, cesta de ativos ou outros mecanismos algorítmicos. Wikipédia+2InvestNews+2

Tipos de stablecoins

As stablecoins podem ser divididas em categorias conforme o mecanismo de estabilização:

  • Lastreadas em moeda fiduciária (fiat-collateralizadas)
    Aqui, para cada unidade da stablecoin, há reservas equivalentes em moeda fiduciária (ou ativos equivalentes). Por exemplo, USDT ou USDC são frequentemente “lastreadas em dólar”. Abcripto+5blog nubank+5InfoMoney+5
  • Lastreadas em criptomoedas (crypto-collateralizadas)
    A garantia é feita por meio de outras criptomoedas depositadas em contratos inteligentes (smart contracts). Um exemplo notório é a DAI, da MakerDAO. Banco Carregosa+5Wikipédia+5InvestNews+5
  • Algorítmicas (sem lastro direto)
    Nessas, não há ativo físico ou fiduciário diretamente mantendo o valor; mecanismos de oferta/demanda e algoritmos ajustam a emissão ou queima de tokens para manter a estabilidade. Banco Carregosa+3Wikipédia+3InvestNews+3

Exemplos famosos

Vantagens e utilidades das stablecoins

Estabilidade de preço

A principal vantagem é evitar as flutuações acentuadas típicas de criptomoedas como Bitcoin e Ethereum. Isso as torna instrumentos úteis para preservar valor em momentos de volatilidade. InvestNews+4InfoMoney+4blog nubank+4

Ponte entre cripto e fiat

As stablecoins permitem que usuários movimentem valor entre o mundo cripto e o sistema financeiro tradicional com maior rapidez e custos reduzidos, sem necessidade de converter sempre de volta para moeda fiduciária. Abcripto+3Banco Carregosa+3blog nubank+3

Proteção contra volatilidade

Investidores podem “pausar” sua exposição ao risco sem sair do ecossistema cripto, migrando para stablecoins em momentos de turbulência. Banco Carregosa+2Abcripto+2

Uso em DeFi (finanças descentralizadas)

Stablecoins são amplamente usadas em protocolos de empréstimo, pools de liquidez, yield farming e outras aplicações DeFi. Wikipédia+2InvestNews+2

Liquidez e eficiência nas exchanges

Muitas negociações cripto usam stablecoins como par de troca, por serem menos arriscadas como intermediárias. Isso contribui para maior liquidez no mercado. InvestNews+2Banco Carregosa+2

“As vantagens das stablecoins incluem pontos positivos como a baixíssima volatilidade … “ Bitso Blog

Riscos e desafios das stablecoins

Falhas de paridade (quando quebram o “peg”)

Nem todas as stablecoins conseguem manter sempre a equivalência prometida. Um exemplo histórico é o colapso da TerraUSD (UST), que perdeu o peg abruptamente. Banco Carregosa+2InvestNews+2

Transparência e auditoria das reservas

Stablecoins lastreadas dependem da confiança de que os emissores têm reservas reais. Alguns projetos enfrentam críticas por falta de auditoria clara ou transparência. Banco Carregosa+2Abcripto+2

Risco de centralização

Muitas stablecoins fiat-collateralizadas dependem de entidades centralizadas — o que contrasta com o espírito descentralizado das criptomoedas. Se a entidade falhar, o sistema pode colapsar. blog nubank+3InfoMoney+3InvestNews+3

Regulação e risco legal

As stablecoins estão na mira dos reguladores, por envolverem questões de fiscalização, compliance (AML/KYC), supervisão e impacto monetário. EY+4TransFi+4Forensic Risk Alliance+4

Risco sistêmico e fuga de capitais

O uso massivo de stablecoins, especialmente lastreadas em dólares, pode afetar fluxos de capitais em países emergentes, criar instabilidade monetária ou comprometer a soberania financeira. Forensic Risk Alliance+4Reuters+4Reuters+4

Panorama regulatório global e no Brasil

Tendências globais

  • Em 2025, o governo dos EUA aprovou o GENIUS Act, lei que regula stablecoins de pagamento, exigindo transparência nas reservas e supervisão. MarketWatch+3Wikipedia+3EY+3
  • O relatório da EY destaca que a regulação de stablecoins é um tema em rápido desenvolvimento, com governos definindo requisitos de reservas, licenciamento e auditoria. EY
  • O BIS (Banco de Compensações Internacionais) emitiu alerta forte para riscos das stablecoins e defendeu avanço da “tokenização” de moedas do banco central. Reuters

Situação no Brasil

  • No Brasil, a Lei nº 14.478/2022 estabeleceu a base legal para criptoativos, incluindo stablecoins, e criou obrigações para provedores de serviços de ativos virtuais (VASPs). IBA+2GLI+2
  • O Banco Central do Brasil está implementando fases regulatórias, sandboxes, exigindo licenças e supervisão de atividades cripto. IBA+2GLI+2
  • Mais de 90% das transações cripto no Brasil envolvem stablecoins, segundo autoridades, o que reforça a necessidade de controle regulatório. Forensic Risk Alliance+2ChainCatcher+2
  • Em 2025, o governo avaliou relaxar propostas que limitavam transferências internacionais de stablecoins e restrições a carteiras auto-hospedadas. CoinGeek
  • O BC manifestou preocupação de que uso de stablecoins pode aumentar “volatilidade nos fluxos de capitais” do país. Reuters

Como investir ou usar stablecoins com segurança

Escolha de projeto confiável

Prefira stablecoins com transparência, auditorias regulares, histórico sólido e com respaldo regulatório claro.

Avaliação do mecanismo de lastro

Entenda qual tipo de lastro a stablecoin utiliza (fiat, cripto, algorítmico) e os riscos associados.

Diversificação e gestão de risco

Não concentre grande parte do portfólio em stablecoins — use como reserva de valor temporal ou meio de transição entre ativos de maior risco.

Monitoramento regulatório

Fique atento a mudanças regulatórias nacionais e internacionais, que podem afetar a operação ou a liberdade de uso das stablecoins.

Uso em estratégias avançadas

Você pode usar stablecoins para arbitragem, yield farming, empréstimos em DeFi ou como parte de estratégias de hedge.

Perspectivas futuras das stablecoins

  • Integração com bancos tradicionais e emissão de stablecoins por bancos centrais (CBDCs)
  • Regulação mais robusta e padronização internacional
  • Maior adoção como meio de pagamento global
  • Inovações em stablecoins algorítmicas ou híbridas
  • Potencial impacto macroeconômico em moedas nacionais

Conclusão

As stablecoins representam um elo importante entre o mundo das criptomoedas e o sistema financeiro tradicional, trazendo estabilidade e eficiência. Mas não são isentas de riscos: falhas de paridade, falta de transparência e desafios regulatórios são desafios reais. Para investir ou usar stablecoins de forma segura, é crucial informarse continuamente, diversificar e priorizar projetos confiáveis.